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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Vídeo Interessante

      Vídeo sobre Sustentabilidade e Educação:
      Fala sobre a construção de um espaço educativo em uma Comunidade de Baixa renda.
   
   

Clique aqui e assista

Novas Usinas Eólicas

Vejam a Reportagem!

http://ambientalistasemrede.wordpress.com/2012/07/14/bahia-inaugura-maior-complexo-eolico-da-america-latina/

      É incrível verificar como os projetos de usinas tanto Solares como as usinas Eólicas movimentam as economias locais onde elas se estabelecem. Além de produzirem energia renovável, essas usinas aquecem a economia, dando empregos sustentáveis (sustentáveis pois daqui a cem anos os ventos ainda estarão lá) criando novos negócios, etc. 
      O mesmo se deu com a economia na cidade de Tauá no Ceará onde foi implantada a usina solar do grupo MPX.     

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Menino vê se fecha a torneira!


Menino vê se fecha a torneira!


Em casa:

- Menino não esqueça de fechar a torneira quando estiver escovando os seus dentes! O mundo está ficando sem água!
- Não demore no banho! Tome banho rápido, senão a água do planeta vai acabar!

Na escola:

- Devemos economizar água!
- Quando economizamos estamos poupando os recursos do planeta. Devemos fechar a torneira quando ensaboamos a louça, fechar a torneira quando escovamos os dentes e ficar pouco tempo no banho! 

Na mídia:

- A água é um recurso escasso!
- Se continuarmos a desperdiçar a água, ela vai acabar!

Eu pergunto:

- É justo fazer este terrorismo com as crianças? Elas são culpadas? E nós consumidores somos culpados pela falta futura da água? Porque a mídia sempre joga a culpa no consumidor e defende as empresas e o governo? 
São perguntas que nunca aparecem na mídia e nem nos livros didáticos, porque as suas respostas comprometem empresas e governos, além de fazer as pessoas pensarem. É triste reconhecer que tanto livros didáticos como as mídias não instigam a crítica e a dúvida.
Precisamos colocar aqui algumas verdades. Aliás “Grandes Verdades Inconvenientes”.
A primeira verdade é que a água não vai acabar, NUNCA vai acabar: a água tem a mesma quantidade no planeta, desde milhões e milhões de anos e continuará assim. O que está diminuindo, acabando, são as fontes de água potável, ou seja, água que pode ser bebida.
As outras verdades são ainda mais desconcertantes:

- A água é 100% reciclável.
- 70% da água potável é consumida pelo agronegócio.
- Uma boa quantidade de água é consumida pelas indústrias.
- As indústrias e o agronegócio (não todas) devolvem ao meio uma água poluída.

Então de quem é a culpa?

Se a água é uma substância 100% reciclável e existem métodos e tecnologias para reciclá-la, a principal culpa de uma futura falta de água potável é dos Governos, principalmente, os Governos Estaduais e Municipais. Uma boa política de investimentos em saneamento básico pode recuperar até mesmo as águas de esgoto e fazer os peixes voltarem a viver em rios como o Tietê.
Não somente, saneamento, como também a fiscalização é responsabilidade dos órgãos governamentais. A cada dia que uma empresa polui um rio e o governo não multa, são milhões de reais que se somam ao lucro criminoso desta empresa, que se analisarmos bem, ela está recebendo uma ajuda criminosa de um Governo omisso.

Existem tecnologias tanto na agricultura quanto na indústria que podem despoluir e devolver uma água melhor ao meio ambiente. Posso citar algumas para aqueles que não conhecem o assunto: Proteção às nascentes, recuperação da mata ciliar, tanques de decantação, utilização de plantas aquáticas, diversos tipos de filtragem que as indústrias podem usar, são alguns exemplos. Hoje, temos tecnologias que transformam até a água do mar em água potável. Osmose reversa e recuperação da evaporação solar são algumas delas.

- Então, vale a pena, diante desse quadro fazer o seu filho se sentir culpado?

- Não seria melhor esclarecê-lo para quando ele for adulto cobrar dos Governos a sua responsabilidade?

Tanto as crianças como os adultos devem economizar água, mas também tem o direito de saber a verdade. A cidadania não pode ser construída com a omissão da verdade, tanto pela mídia como pelo Governo.
Há uma parte da mídia que está sempre apoiando o Governo e só fica contra ele quando é para defender seus anunciantes, diretos e indiretos, sendo que o Governo também é um bom anunciante.

- A mídia precisa mudar?
- Sim! A mídia precisa mudar. Mas a mídia não é o maior problema. A educação precisa mudar e com maior urgência!
Temos uma educação que aceita tudo que a mídia diz como verdade. Temos uma educação que não vai além do que está no livro didático. Temos uma educação que passa um conteúdo apenas para o aluno passar no vestibular e aumentar as estatísticas da escola. Temos uma educação feita para aqueles cinco alunos que tem possibilidades de passar no vestibular, enquanto aqueles outros mil da mesma escola ficam sem orientação.
O aluno pergunta:

- E se eu não passar no vestibular? O que vou fazer?

E eu pergunto:

- Qual o plano “B” para a vida deste aluno?
- Onde está o professor como orientador e não apenas como passador de conteúdo?
- Será que este aluno sabe que pode fazer cursos à distância até fora do país?
- Onde está o ensino profissionalizante?
- Onde está a educação para a cidadania?
- Onde está a educação para o empreendedorismo?
- Onde está a prática científica em laboratório?

Falar sobre a água, discutir sobre a água e até outras questões sobre sustentabilidade é muito importante, mas acabamos caindo na questão educacional e seus problemas. Isso sempre vai acontecer quando fizermos as perguntas certas. Talvez o problema seja esse, ou seja, nossa sociedade perdeu a capacidade de fazer análise de si mesma. Seja na mídia, na sala de aula, em casa ou no Governo.

Finalizando:

Seja água, energia, meio ambiente ou educação, devemos primeiro tirar a culpa de cima de nossos ombros, que muitos tentam nos impor, e começar a cobrar a responsabilidade devida dos governantes. Não é fechando a torneira na hora de escovar os dentes que vamos mudar as coisas. Fechar a torneira pode ajudar a melhorar as coisas, mas não a resolver os problemas. O que resolve problemas está mais ligado a questões políticas e ao mercado, ou seja, ao voto e ao lucro. Não comprar um produto de uma empresa poluidora ou exploradora de seus funcionários atinge diretamente onde mais dói em uma pessoa jurídica com fins lucrativos, “o lucro”. Escolher um político coerente e que tenha preocupação ambiental e social para votar, também é uma maneira de agir eficazmente.
Então, porque não começar conversando com vizinhos, colegas de trabalho, reuniões religiosas, etc., sobre esses problemas. A sustentabilidade começa em uma Educação sustentável, passa pelo consumo consciente e sustentável e chega a uma produção econômica sustentável.

Walder Antonio Teixeira